E O RADICAL SOU EU????
Chega! Estou farto de “progressistas” dolosos e culposos, de isentões e de modinhas!
Todo bandido deveria conhecer uma cadeia
antes de cometer crimes.
Todo juiz deveria visitar os hospitais e
cemitérios onde estão as vítimas dos bandidos.
Toda prisão deveria ter, na entrada, uma
galeria com fotos dos criminosos presos e a descrição dos crimes que eles
cometeram.
Um sistema de justiça criminal decente
deveria proteger e beneficiar a vítima, não o criminoso."
Roberto Motta
Outro desenho que era muito legal e que não
passa mais (sem propaganda infantil acabou tudo...) era “O Fantástico Mundo
de Bob”. Podemos dizer que era algo
que bem mostrava como uma criança via o mundo.
Em certo episódio praticamente todos os adultos disseram alguma vez a
ele: “se fulano se jogar da ponte você
também vai se jogar?”. Sim, nossa mãe
também já nos disse isso, nossa avó, nosso tio... Bob, no entanto, com sua lógica infantil que
ainda não discernia o real da fantasia, e que não tinha a menor ideia de
prioridade, respondia perguntando, sem entender a mensagem e cada vez mais
exasperado: “mas que ponte?!!!”
Tenho visto muita gente se jogar
infantilmente da ponte só porque outros o fizeram e eles também não têm a menor
idéia de que ponte era essa. Sequer
conseguem vê-la na sua frente, apesar de estarem nela há muito tempo, como se
fora o Piu-piu mencionado na crônica passada. Bob não entendia a linguagem figurada: essa turma não entende linguagem nenhuma,
apenas desprezam argumentos fortes, repetem frases prontas e não pensam nas consequências. Ainda mais que o papel aceita qualquer coisa
e uma pena equilibrada sobre um papel pode resultar em algo de dar pena, algo muito feio, uma imagem
lamentável. Algo que ajude a destruir o
passado e condenar o futuro sem que o burocrata sem perspicácia sequer entenda
o que fez.
Se não conseguem pensar por si próprios, se
não conseguem perceber questões de causa e consequência, deveriam perceber o equívoco ao notarem a
alegria daqueles que devíamos combater ou dos que os defendem. Toda vez que essa alegria é clara, é claro
que vacilamos. E eles sabem, como
Napoleão, que não devem interferir quando nós estamos errando. Quando estamos pulando da ponte, para imitar
outros que já pularam e, com isso, estamos arremessando quem devemos defender. Eles ficam só acompanhando, batendo palmas, para depois
colherem os frutos...
“Ah, Adriano, você está sendo muito
radical!”. Estou? Não vou te responder com nada novo... Já
falei isso, em crônica que está no livro 2020 d.C. Esquerdistas Culposos e
outras assombrações ( < http://editoraarmada.com.br/produto/2020-d-c-esquerdistas-culposos-e-outras-assombracoes-colecao-tribuna-diaria-vol-iii/ >) e, e em vez
ficar criando novidades, vou apenas repetir um trecho do que dissera naquele
texto, parafraseando o Pessoa:
Nunca conheci quem tivesse sido radical
Todos que me cercam são moderados em tudo, isentos...
isentões... modinhas[1]...
“progressistas”...
E eu? Tantas vezes radical, tantas vezes
fascista, tantas vezes ideológico...
Eu, tantas vezes tendencioso, parcial,
miliciano digital
Que tenho espalhado “fake news” pelas redes mesmo
quando digo verdades
Que tenho feito discursos de ódio apenas
porque discordo de quem “eu não devia”...
Que tenho sofrido censura e calado
E que quando não tenho calado, tenho sido
mais censurado ainda.
Eu que tenho sido cômico aos “garantistas” de
plantão
Que tenho sentido o olhar blasé de
bandidólatras e laxistas[2]
Eu que tenho me defendido com base nas
liberdades da Constituição
E que quando a hora da mordaça chegou: as
tenho tido negadas
Para fora da possibilidade da Constituição...
Eu que tenho sofrido a angústia da perda das
coisas boas e belas do mundo
Verifico que quase não tenho pares nisto
neste país.
Todo “progressista” que conheço, doloso ou
culposo[3]
Nunca teve um ato radical, nunca assassinou
reputações,
nunca atacou opositores, nunca criticou a
imprensa,
nunca atacou argumentos com slogans e mantras,
nunca pregou intolerância com os
conservadores,
nunca negou espaço a quem pensa diferente...
Nunca foram senão democratas nesta vida,
grandes democratas...
Quem me dera ouvir uma voz franca que me
confessasse não uma “firme” opinião, mas um duplipensar.
Que me dissesse uma palavra existente e não
da novilíngua
Que assumisse uma usurpação e não uma
interpretação...
Mas são todos, todos eles (com plural no masculino
como manda a língua mãe do Fernando) todos democratas sem nódoa.
Quem, neste país, confessaria sua vocação
totalitária, oh, democratas, meus irmãos!
Então só eu que sou odiento e radical nesta
terra?
Poderão quebrar tudo, ameaçar idosos, avançar
com violência sobre manifestantes pacíficos, execrar quem cumpre a Constituição,
ofender quem aplica efetivamente a lei penal. Poderão censurar, cancelar e até cometer crimes e
abusos às vistas de todos, mas são “antifascistas”[4],
são democratas: radicais?! Nunca!!!
Podem ter sido militantes em ambiente
virtual, mas milicianos digitais: nunca!
Podem ter inventado um “novo” passado para
alguém, mas divulgar “fake news” : nunca!
Podem ter escrachado e destruído reputações
de opositores, mas discurso de ódio: nunca!
Podem ter apoiado isso tudo ou se omitido
quando devia agir, mas partícipes: nunca!
Podem ter agido sem qualquer escrúpulo, mas
radicais: nunca!
E eu, que tenho sido miliciano sem estar em
nenhuma organização, eu que tenho dito fake News ao divulgar verdades e
opiniões, eu que tenho feito discurso de ódio por dar opinião fundamentada e
fazer crítica de fatos reais...
Como poderei falar com esses meus iluminados
superiores sem vacilar?
Eu que tenho sido radical, muito radical,
No sentido mais exagerado e infame do
radicalismo!
Chega!
Estou farto de “progressistas” dolosos e culposos, de isentões e de
modinhas!
Chamam conservadores de radicais e
ideológicos quando o conservadorismo é justamente contra revoluções e contra
ideologias[5]. Acusam-me do que eles fazem, xingam-me do que
eles são. E o radical sou eu?
Não conseguem enfrentar um bom argumento lógico,
um argumento de realidade, um argumento de fatos, sem tentar distorcer, sem
tentar desbordar, sem tentar ignorar e fingir que não foi dito, sem tentar
tirar invenções ilógicas da cartola.
Precisam negar o debate para manter a hegemonia, precisam amedrontar
todos os públicos por medo de serem desmascarados, precisam manter todos às
cegas para implantar suas ideologias liberticidas. E o radical sou eu?
Precisam distorcer os diplomas legais,
exercer poderes que não possuem e negar o poder àqueles de quem ele emana, mas
o radical sou... EU?
Argh, estou farto de iluminados, estou farto
do ódio “do bem”, estou farto do ativismo e do “garantismo” bandidólatra que despreza
as vítimas e nos fez campeões de homicídios e outros crimes.
Argh, onde há democratas no Brasil?
Continuemos procurando e buscando animá-los,
porque já faz mais de um ano e nada melhorou...
O homem medíocre não acredita
no que vê,
mas no que aprende a dizer...
Olavo De Carvalho
Crux Sacra Sit
Mihi Lux / Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Satana / Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas / Ipse Venena Bibas
(Oração
de São Bento cuja proteção eu suplico)
Que
sempre buscou ser menos medíocre: acreditando nas consequências que vê na sua
frente...
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