A Nova Ordem Mundial
A distopia da sociedade sem referências culturais, morais e sem religião.
Vocês também olham para o mundo, e
intuem que algo de muito errado está acontecendo? E que, como a música diz alguma
coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial? E que ordem mundial será
essa? Eu, todos os dias, me pergunto se a distopia descrita em livros como
1984, de George Orwell, não está se concretizando debaixo de nossos olhos, e
não queremos ver. Afinal, não há nada que aconteça na realidade, que já não
tenha sido descrito na literatura...
Para visualizarmos os riscos que a civilização ocidental está correndo, através desse projeto de globalismo, é preciso compreender as bases sobre as quais a mesma está fundada, que são: O direito romano, a moral cristã e a cultura grega. A educação que recebemos, a religião que praticamos e as leis e o direito que aplicamos, vieram dessas três fontes.
O coração da vida dos gregos, na Antiguidade, era a PÓLIS (uma
espécie de cidade). As pessoas viviam ali, conforme as regras sociais da época,
a vida em comunidade. Esse modelo grego inspirou as demais sociedades, que se
formaram posteriormente, no Ocidente.
A política devia ser exercida pelos
mais sábios (os sacerdotes, detentores do conhecimento), segundo Platão. A liderança
na guerra era exercida pelos nobres (que
recebiam seus títulos com essa finalidade: a defesa do território contra
invasões e ataques), e o trabalho devia ser exercido pelos comerciantes e pelos
servos, que eram os camponeses, os artesãos e os operários.
Essa estrutura social perpetuou-se ao
longo dos séculos, ao redor do mundo, e é intrínseca à idéia de comunidade,
onde as tarefas de todos se complementam, a fim de que se viva em harmonia e
com abundância, cada um exercendo seus talentos: existem, em toda sociedade, os
intelectuais, os líderes, os negociantes e os trabalhadores.
Observe-se que, até mesmo nos países
comunistas, em que se defende a inexistência de classes, basta analisarmos a
divisão social de funções, e rapidamente percebe-se a distribuição das tarefas
a serem desempenhadas, havendo categorias de trabalhadores braçais, de integrantes
das forças armadas e os cargos de poder, do mesmo modo que ocorria, na
civilização grega.
Iniciou-se, entretanto, principalmente
depois do fim da guerra fria, um movimento, entre os metacapitalistas (homens que
detem a maior parte das riquezas mundiais, e que dominam a mídia e as grandes
empresas), os líderes de ditaduras comunistas, como a China, bem como os
extremistas islâmicos, a fim de desmantelar-se o modelo ocidental, com o
intuito de dominar o mundo.
Essa tríplice aliança tem como
objetivos incinerar a cultura grega, o direito romano e a moral cristã, e um
projeto de poder bem definido, no qual as estruturas da sociedade vão sendo
minadas, de dentro para fora.
Não se trata de acreditar em teorias
da conspiração, ou difundir idéias mirabolantes. Isso tem acontecido a olhos
vistos, bem debaixo do nariz de cada um de nós, sem que façamos oposição ao que
está por vir.
O pulo do gato foi esses líderes
perceberem, que é muito mais fácil e barato dominar uma sociedade, por meio do
esvaziamento paulatino dos valores seculares, nos quais a mesma está alicerçada,
do que abrindo-se guerra declarada a esta. E é assim que se tem feito, nos
moldes preconizados por Antonio Gramsci e pela Escola de Frankfurt.
Aos poucos, vão sendo inseridos novos
valores, no lugar dos antigos, até que a sociedade esteja sem referências culturais
e morais, sem religião. Vão sendo disseminados novos modos de pensar e de agir,
por meio de movimentos que exaltam minorias, tendo a mídia e a internet papel preponderante,
nessa manipulação.
Todo e qualquer pensamento
conservador, em defesa dos valores morais elevados, da família, da igreja, da
escola, da alta cultura e do cristianismo, passa a ser rotulado como postura
fascista, opressora, que tolhe a individualidade e o direito de escolha das
pessoas.
Novos padrões de arte são consagrados,
o ensino se torna medíocre, a literatura de boa qualidade desaparece, a
História é esquecida, nesse novo modelo social que vai sendo implantado.
Afinal, é muito mais eficaz exercer domínio sobre uma população mal informada e
sem memória.
Esse é o panorama da nova ordem mundial, que está sendo implantada no mundo ocidental. Um movimento silencioso, operado de forma muito eficiente, que visa a destruição completa dos valores milenares, para a adoção de um modelo de mundo globalizado, submetido a essas lideranças acima mencionadas. Essa é a verdade inconveniente que precisamos encarar, e contra a qual devemos reagir.
Resgatar os valores da civilização,
lutar contra os absurdos que vem travestidos de “politicamente correto”: essa é
nossa obrigação Não podemos ser homens massa (como Ortega Y Gasset ensinou, em
seu Rebelião das Massas), que se moldam ao que está disseminado na sociedade,
ao que se lhes apresenta, sem refletir sobre o conteúdo.
Precisamos, conforme dizia o autor,
ser homens nobres, que buscam com coragem as dificuldades e a verdade, a fim de
alcançarmos o aprimoramento moral e o conhecimento, que trazem consigo a
evolução. Nunca é demais lembrar as palavras de Edmund Burke: “Para que o mal
triunfe, basta que os homens de bem não façam nada”!
Erika Figueiredo para o Tribuna Diária
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