SOBRE NOBREZA E MATURIDADE
Ser tolerante não significa deixar crimes impunes, ou com aplicação de penas lassas e por isto injustas
Ser tolerante não significa deixar crimes impunes, ou com aplicação de penas lassas e por isto injustas
A nobreza de
espírito e a maturidade fazem-nos compreender que somos capazes de errar, que
temos defeitos e faltas que devemos aprender a superar, por mais que estejamos
sempre procurando evoluir.
Isto nos permite
também ser tolerantes com as falhas e pecados de nossos irmãos.
Ser tolerante não significa deixar crimes impunes, ou com aplicação de penas lassas e por isto injustas, nem deixar de apontar e procurar corrigir erros alheios ou próprios.
Significa não
partir de um pedestal de falsa e pretensa superioridade para julgar os demais
como se fossem todos feras, bestas do mal.
Embora existam,
sim, psicopatas, cujo tratamento deve ser adequado e firme para proteção da
sociedade.
Há muito admirador
do escravo liberto Phaedrus, tenho por hábito ler e estudar suas fábulas no
original em latim.
“Peras imposuit
Iuppiter nobis duas:
propriis repletam
vitiis post tergum dedit,
alienis ante pectus
suspendit gravem.
Hac re videre
nostra mala non possumus;
alii simul
delinquunt, censores sumus.”
Permitam-me
tradução de sentido.
"Sacolas nos impôs Júpiter duas,
cheia de vícios próprios nos deu às costas,
de alheios à frente
do peito nos pendurou pesada.
Conquanto nossos
defeitos ver não possamos,
os demais assim que
pecam imediatamente os censuramos.”
Tenho consciência
de quanta dificuldade tenho em perceber meus próprios erros, embora a
maturidade já me os tenha revelado muitos ...
Como ensina a
Bíblia:
EVANGELIUM SECUNDUM
MATTHAEUM
7
1 Nolite iudicare,
ut non iudice mini;
2 in quo enim
iudicio iudicaveritis, iudicabimini, et in qua mensura mensi fueritis, metietur
vobis.
3 Quid autem vides
festucam in oculo fratris tui, et trabem in oculo tuo non vides?
4 Aut quomodo dices
fratri tuo: “Sine, eiciam festucam de oculo tuo”, et ecce trabes est in oculo
tuo?
5 Hypocrita, eice
primum trabem de oculo tuo, et tunc videbis eicere festucam de oculo fratris
tui.
São Mateus, 7
1 “Não julgueis, e
não sereis julgados.
2 Porque do mesmo
modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes
medido, também vós sereis medidos.
3 Por que olhas a
palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?
4 Como ousas dizer
a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu?
5 Hipócrita! Tira
primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu
irmão.
Carlos Eduardo
Fonseca Da Matta
Procurador de Justiça do MPSP - membro da Associação MP Pro-Sociedade
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