ENTRE DEMOCRACIA E LIBERDADE
A posse de Armas: EUA vs. Brasil - Parte I
A posse de Armas: EUA vs. Brasil - Parte I
Outro dia vi Luiz Inácio da Silva, ex-presidente, de cara vermelha, ensandecido, bufando contra a ideia de se permitir ao bom povo brasileiro a obtenção e porte de armas para defesa própria.
Meses atrás, em relação ao Covid-19, ele fez o mesmo teatro do absurdo, acusando o Presidente Bolsonaro de “estar levando o Brasil para o açougueiro”. Ontem, o ex-presidiário apareceu chutando as águas de uma praia de Cuba e, em outra foto, ao lado do novo presidente, Raúl Castro.
Sim, o socialismo abomina a monarquia antiga, hereditária, mas criou, em Cuba e na Coréia do Norte, a monarquia socialista, também hereditária. “Todo o poder aos sovietes!” por isso, nunca passou de uma grande mentira – mas deixemos de buscar lógica no socialismo “científico”.
Como estamos falando do “direito do povo americano de ter e portar armas”, que “não pode ser infringido” (Segunda Emenda da Constituição dos EUA), e, em contraste, da raiz do movimento mundial contra o porte de armas.
É instrutivo recordar o que um influente líder socialista disse a respeito. Sempre é útil, diz Aristóteles, definir os termos antes de iniciar um debate. Vejamos:
Por volta de 1987, em entrevista a uma rede de TV americana (a NBC, se não me engano, mas talvez a ABC), Fidel Castro, num momento de descuido, revelou o que está por trás da luta contra a posse e o porte de armas.
Ele falava da situação americana, mas é claro que o mesmo se aplica ao Brasil e, como ficou claro em Cuba ontem, à América Latina.
Aparentemente frustrado com a incapacidade dos socialistas americanos em transformarem os EUA em país socialista, Castro revelou o seguinte:
Duas coisas são necessárias à implantação do socialismo nos Estado Unidos:
Primeiro, o registro de armas, seguido de confisco, “como fizemos em Cuba” e como ocorreu na Alemanha nazista, por sinal.
Segundo a nacionalização dos serviços médicos sob um plano único. Sem isso, é impossível conseguir o intuito socialista.
Castro falava, é claro, do socialismo verdadeiro, stalinista, não do arremedo sueco, em que o socialismo se apresenta com face humana, elegante, atraindo os incautos, porém custeado pelo sistema de mercado e por empréstimos astronômicas do Fundo Monetário Internacional e afins.
Os EUA, onde Castro viveu alguns tempos na década de ’50, aprendendo a falar o inglês razoavelmente bem, tem um sistema complexo e difícil de ser derrubado, disse ele. Sem esses dois requisitos – registro e confisco de armas, e estatização dos serviços médicos – a virada dos EUA para o socialismo se torna impossível.
Não totalmente impossível, como se vê. O processo “democrático” (partidos, candidatos e eleições) transformou em democracia semi - socialista a república liberal americana, imaginada pelos redatores de uma Constituição ingênua.
A necessidade de se manter no poder, quer para melhorar ou para piorar a situação, leva o político a vender favores, exorbitando dos limites constitucionais a fim de ampliar o mercado eleitoral.
Como, em qualquer país, o número de pobres e da “classe” média baixa representa a maioria da população, o socialismo pelo voto (ou seja, por legislação em causa própria) fica garantido com o passar do tempo.
Os registro e confisco de armas, e a asserção e promoção de “direitos adquiridos”, tais como serviços médicos “gratuitos”, que não podem então ser violados, são apenas sintomas da rede em que já estamos envoltos.
Nota: Dado o acúmulo de injustiças sofridas há décadas pela população carente em resultado de medidas antiliberais, penso que, no tocante a serviços médicos e educação subsidiados, com base em renda familiar, a ajuda aos necessitados deve permanecer, por certo tempo. Porém, o método a ser empregado para atender essas necessidades deve ficar imune à manipulação partidária. O perfil de um novo sistema de educação, que pode servir de base para a distribuição de serviços médicos subsidiados, já foi apresentado aqui no Tribuna Diária, e no Estadão de 10 de junho de 2019.
JOSÉ STELLE
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