ENTRE DEMOCRACIA E LIBERDADE - PARTE II
Porte de Armas: EUA vs. Brasil
Porte de Armas: EUA vs. Brasil
Pano de Fundo -- A Parte I desta série teve como objetivo definir o que está por trás do movimento mundial pelo desarmamento das populações dos diferentes países. Em vez de defini-lo incorreta -- ou, em linguagem marxista, ideologicamente (isto é, com vista ao interesse pessoal, principalmente o econômico) -- deixamos que esse objetivo crucial, de fato histórico, fosse definido por Fidel Castro, o mais importante revolucionário socialista da segunda metade do século XX. Em suma, a campanha mundial pelo desarmamento, com ênfase nos Estados Unidos, visa desarmar, no hemisfério norte, o povo americano. Sem esse desarmamento, seguido de confisco, “como fizemos em Cuba”, revelou Castro, e a nacionalização dos serviços médicos (“Alô, Barack Obama!”) a transformação dos EUA e país socialista se torna praticamente impossível.
A posse de Armas: EUA vs. Brasil - Parte I
Por outro lado,
revelou Castro em outra entrevista, no Hemisfério Sul, a mesma estratégia deve
ser aplicada ao povo brasileiro, pois sem o Brasil na coluna socialista, a Nova
União Soviética, ressuscitada na América Latina (eis aí o alvo do Foro de São
Paulo), será difícil ou impossível.
Aqui, pelo menos um viva aos socialistas por “thinking big”, coisa que os conservadores (com sua tradicional imobilidade), e os liberais clássicos (com exceção dos hayekianos e dos anarco-capitalistas) temem fazer. Por exemplo, quando digo, “Abaixo a democracia!” sou tido como inimigo do povo; de fato, um fascista. (Como se o fascismo e o nacional-socialismo não fossem vertentes do movimento socialista!
Ninguém se lembra que o jovem oportunista chamado Mussolini era editor do jornal operário-marxista-trabalhista da Itália). Por isso, cito uma autoridade maior que a minha. Em “Direito, legislação e liberdade (Editora Visão, 1985), escreve Hayek, um defensor da verdadeira democracia: “Se isso que temos é democracia [em que os interesses organizados compraram a legislação de seu interesse], então não sou democrata”.
Página 2: Agência
Brasil – (ABr) Brasília, 22/12/2003: “O presidente Luiz Inácio [. . .] da Silva
sancionou hoje o Estatuto do Desarmamento, que trata do registro, porte e
comercialização de armas de fogo no Brasil”. Com a maior cara-de-pau (“De
l'audace, encore de l'audace, toujours de l'audace”, bradou o infeliz Danton)
falseou o então-presidente: “Ao sancioná-lo poucos dias antes do Natal (. . . )
estamos dando um presente aos milhões de brasileiros que, no anonimato, têm
dedicado parte de suas vidas, para que a gente possa ver violência diminuir no
país".
Um presente de Natal—vindo de ateus que, mais de uma vez (na URSS, Leste Europeu – alguém se lembra do que aconteceu com o Cardeal Midzenty? -- Cuba, Coréia do Norte, China e afins), fecharam lugares de culto e aprisionaram, torturaram e mataram milhões de religiosos, e pretendem fazer o mesmo aqui.
A desatenção, produto de um sistema de
ensino deficiente e engajado, pode ter levado muitos leitores da época a não
perceberem o significado de “no anonimato”. De um lado, essa frase constitui
elogio velado aos socialistas de todos os partidos (mas não aos “companheiros
de viagem” e “idiotas úteis”) por seu trabalho silencioso, subversivo, no
intuito de impedir que a brava gente brasileira se arme, não apenas para se
defender de criminosos comuns, mas também, e principalmente, daqueles que
tentam (inclusive em conluio com o crime organizado) criar condições de
insegurança que levem a população a rogar pela “ordem” e a “paz” prometida
pelos socialistas-comunistas de seu país. De outro lado, “no anonimato” revela
que a campanha pelo desarmamento da população (porém não dos criminosos) nada
tem a ver (como observamos no artigo I desta série) com “ver violência diminuir
no país". Muito pelo contrário, ao que tudo indica.
O sibilo da serpente
socialista continua na fala do ex-presidente. Diz a reportagem, aparentemente
engajada, da Agência Brasil – ABr: “Nada é mais urgente do que construir a paz
e nada é mais eficiente para evitar a violência do que fortalecer a paz”. Em
seguida, cita o então-presidente: “A paz é o ponto de partida e de chegada.
Sabemos que a desigualdade social desfigura essa marcha solidária. É preciso
dar a paz o seu verdadeiro nome: justiça social". Isso num ambiente em que
o bom povo brasileiro já estava desarmado (afinal, nunca esteve armado), em que
os criminosos matavam, impunemente, entre 60 e 70 mil pessoas por ano, sem que
o governo socialista da época fizesse qualquer coisa para remediar essa
situação.
Mais um exercício de definição. “Justiça social”, em linguagem bolchevique, significa comunismo. E “paz”, como meu irmão, agora falecido, descobriu ao conversar com um agente soviético numa banca da Feira de Livros de São Paulo, por volta de 1989, também significa comunismo. Quem não viveu na Guerra Fria, ou não a conhece, corre o perigo de ser enganado pela psicologia da linguagem corrupta que inunda o vocabulário socialista.
Na semana que vem, as estatísticas sobre a posse e o porte de armas, e a relação entre a posse e o porte de armas e o nível de criminalidade num país. Surpreendente.
JOSÉ STELLE
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