ENTREVISTA COM JOSÉ CARLOS BERNARDI
Você acredita que exista boa informação nos meios de comunicação tradicionais?
O entrevistado de hoje é José
Carlos Bernardi, jornalista, repórter, apresentador. Recentemente se viu envolvido em polêmica com
uma grande emissora de Rádio Brasileira. Hoje nos conta tudo nesta breve
entrevista, desde a infância no Rio Grande do Sul, até os dias os dias atuais.
Tribuna Diária: “Quem é
José Carlos Bernardi? Faça um pequeno resumo da vida, da carreira e o que faz o
José Carlos Bernardi agir, quais são as grandes inspirações de Bernardi?
Bernardi: “Sou um
cara simples, nascido no interior do Rio Grande do Sul. Para vocês aqui de São
Paulo, sou um caipira (risos), mas na verdade sou um colono, que tenho 55 anos
de idade, 4 filhos, sou um pastor evangélico. Sem rebanho, pois meu trabalho é
muito mais evangelístico, fora da Igreja, fui ordenado como pastor na Igreja
“Fonte da Vida de Goiânia”, mas a ordenação foi aqui em São Paulo em 2003, já
está com 19 anos e sou evangelista na verdade, meu trabalho é muito mais fora
da Igreja. Como jornalismo, que é minha ferramenta de trabalho, onde Deus me
preparou para falar verdades, já que Jesus “é o caminho, a verdade e a vida”, o
jornalismo é a minha ferramenta de trabalho, inclusive de evangelização, porque
através da verdade que nós mostramos o caminho e a vida que é Jesus.
Eu comecei muito cedo, no Rádio.
Com 17 anos de idade, no dia que Tancredo Neves morreu, dia 21 de abril de
1985, comecei em um programa de Rádio musical, depois fui para a TV Globo no
Rio Grande do Sul em 1987, apresentador e repórter, depois fui para outra
emissora em Santa Maria, terra da Boate Kiss, que era do SBT. Vim para o SBT em
São Paulo fui repórter. Fui apresentador e, posteriormente, repórter do
programa policial chamado “Aqui Agora” em 1996. Depois fui para a TV Manchete.
A Rede Manchete faliu e virou a Rede TV, trabalhei até 2006, fui editor chefe e
âncora de vários telejornais, depois fui
ser chefe de redação da Assembleia Legislativa de São Paulo, então na TV Alesp
fiquei 10 anos, como chefe de redação, depois assessorei diversos deputados,
que me fez conhecer profundamente a política, principalmente a política
paulista e a política dentro da política dentro da Assembleia Legislativa, os
contraditórios, e foi onde me destaquei mesmo, no meu trabalho , como
comentarista político dentro da Jovem Pan, usando essa expertise que adquiri
durante esse tempo dentro da assembleia legislativa eu conheço profundamente, e
o que me move é exatamente a busca da verdade, Jesus é a verdade, então eu
tenho essa missão de buscar a verdade, elucidar, desmanchar narrativas, quebrar
os sofismas que a esquerda impingem na sociedade, não é fácil, pois a esquerda
tem um exercito gigantesco produzindo narrativas o dia todo, todo dia, nós
temos que ter trabalho de abelhinha, não chamo de formiguinha, pois formiga
rasteja, sou uma abelhinha, que tem que sair voando de flor em flor, néctar em
néctar, de mel em mel, espalhando pólen para levar vida, gerar vida, nosso
trabalho é gerar vida”.
Tribuna Diária: A sua
atuação no jornalismo é antiga, qual a diferença do nível de jornalismo e dos
profissionais que recebiam os novos colegas, para o que estamos assistindo hoje
em dia?
Bernardi:
“Antigamente nós tínhamos um jornalismo que oferecia ferramentas para as
pessoas questionarem, nós ouvíamos os dois lados, o contra e a favor, o
contraditório. Nós oferecíamos, no passado, essa é a minha escola, as condições
de as pessoas criarem seu próprio julgamento. Hoje o jornalismo está muito
conclusivo, as manchetes que você vê nos telejornais ou lê nos sites de
notícia, já está concluindo com uma visão distorcida. Por exemplo, as manchetes
com o presidente Bolsonaro, as fotos ele sempre está de cara feia, olhando
torto, mal posicionado, quando é algum queridinho da imprensa, é sempre uma
foto lindinha, bonitinha, sorrindo, com os dentes bem perfeito, bem iluminada,
a fotografia também essa imagem subliminar, subjetiva, e o que se entrega hoje
é um jornalismo que já traz um julgamento implícito, já condenando alguém ou
absolvendo outros. Nós temos um jornalismo tendencioso, que não tínhamos antes.
Por outro lado, também se abre uma porta, que foi onde eu entrei, que é o
jornalismo de opinião na Jovem Pan. Exerci esse jornalismo de opinião que era
olhar os fatos, depois fui ver o “lado B” das notícias, onde hoje, eu faço com
meu canal no youtube chamado Brasil Real”.
Tribuna Diária: Existe
doutrinação nas salas de aulas do curso de jornalismo? Se sim, qual a forma de
combate que poderíamos vislumbrar em pequeno, médio e longo prazo?
Bernardi: “Eu
tenho uma visão que a faculdade de jornalismo é uma faculdade ideológica, por
isso sou favorável ao que acontece hoje, a não exigência de um diploma de
faculdade de jornalismo, porque aí conseguiremos abrir para outras pessoa.
Imagine um jovem de 17, 18 anos. Ele vai passar por uma máquina de doutrinação.
Lógico que não são todos os professores, mas em essência possuem uma
doutrinação ideológica, por isso que não vemos um jornalismo ideológico e no
passado nós tínhamos jornalistas basicamente todos “canhotos”. O próprio Paulo
Francis que era um ícone, que era de esquerda, e depois mudou de posição,
porque quando abrimos os olhos, mudamos de posição, mas eu acredito que exista
uma fábrica ideológica, por isso sou favorável a ter diploma de jornalismo, se
tiver talento, isso basta”.
Tribuna Diária: Qual sua
visão sobre a capacidade do brasileiro, hoje em dia, de interpretar
corretamente tudo o que está acontecendo, ou seja, acredita que o cidadão médio
está entendendo os acontecimentos atuais que o cercam?
Bernardi: Eu
acredito que o brasileiro sim. Boa parte tem consciência, mas temos um grande
contingente de pessoas que é influenciável, que não tem consciência e que é
influenciada pelo que vou comer amanhã, o que vou jantar, ou que esta
preocupada com o baile funk no fim de semana, o “pancadão”, então tem muitas
pessoas estão adormecidas. Tem um trabalho também que as comunidades podem
despertar, que é chamara o cidadão para participação social, participação
política, eu tributo muito ao trabalho de Igrejas. As Igrejas também têm de ser
agentes políticos, assim como a igreja católica se tornou um agente político no
final dos anos 70 começo dos anos 80 com as comunidades eclesiais de base que o
PT implementou. Hoje as Igrejas Evangélicas são o filão do eleitor este ano,
mas nas Igrejas Evangélicas muito poucos pastores acordam seus membros. Eu vejo
alguns movimentos, por exemplo o Unigrejas”, que a igreja universal lançou. Só
que ela lança para eleger seus Deputados, e chama Igrejas menores para aprender
a desenvolver seus templos e como manter a fidelização de seus fiéis. As
igrejas são importantíssimas formadoras de opinião e são conservadoras, de uma
maneira geral. Poucos pastores que você verá com visão progressista, o que eu
acho um erro (a visão progressista), pois não consigo entender como um pastor
que apoia a liberação das drogas, do aborto, da destruição da família, coisas
que a Bíblia condena. Então esse pastor por si só não é pastor, e sim, um
agente comunista dentro das Igrejas, assim como professores dentro da sala de
aula doutrinando crianças não são professores. São agentes comunistas dentro da
sala de aula, dentro das escolas para disseminar esse processo de degradação
social que é o comunismo”.
Tribuna Diária: Pegando o
gancho na pergunta acima, qual o papel que a grande mídia apresentou nesta
pandemia para que o cidadão médio ficasse bem informado? Acredita que exista
boa informação nos meios de comunicação tradicionais?
Bernardi: “Eu
diria que nós temos uma coordenação “globalista” dos meios de comunicação,
todos tem um discurso uníssono, meio uniforme, nós temos grandes agências de
notícias, grandes mesmos que cobrem o ocidente, são umas 8 ou mesmo 10 agências
de notícias que você sabe quais são, e se pegar o site de todas elas, as
imagens que as emissoras de TV transmitem, cada uma com seus convênios. Elas
têm uma espinha dorsal, ou seja o esqueleto da notícia igual, pegam temas
específicos e batem em cima desse tema. A pandemia no caso foi muito utilizada
para isso, a pandemia trouxe uma uniformização de informações, que é exatamente
o método “globalista”, e quem está por trás destas grandes agências de notícias
são os “meta-capitalistas”, o “globalismo” e a nova ordem mundial. Então nós
temos uma uniformização, se você falar contra essa uniformização, se for
dissonante, uma voz dissonante, será absolutamente cancelado, por isso o papel
das mídias alternativas é fundamental, é perceptível no youtube, que não
podemos falar tudo, tem palavras que o algoritmo pega, cancela, te bloqueia,
porque faz parte deste grande conjunto mundial de informações que está afeto a
nova ordem mundial. Nós temos um globalismo em curso e uma dominação em massa,
uma manipulação da humanidade.”
Tribuna Diária:
Recentemente, ainda pela Jovem Pan, uma polêmica o cercou que infelizmente
ocasionou a sua demissão junto à emissora, poderia nos detalhar o que realmente
aconteceu? Foi um caso de cancelamento injusto, em sua opinião?
Bernardi: “Eu fui
infeliz em uma fala, porque eu sou muito irônico, eu pego a ironia e a
amplifico. A esquerda estava ávida esperando um deslize meu, uma ironia minha,
e pinçou um trecho, foram 13 minutos de debate sobre o Lula na Alemanha,
falando sobre a prosperidade da Alemanha, eu me referi à morte de judeus, e que
se essas mortes de judeus fossem no Brasil, o país também seria rico. Essa fala
foi isolada, sendo irônico, e a Mônica Bergamo da Folha de São Paulo recortou
11 segundos de um debate de 13 minutos, pegou uma frase isolada, retirou a
ironia e colocou como se fosse uma verdade. Fui infeliz na minha fala, mas
houve a maldade da esquerda e infelizmente reverberou dentro da direção da
Jovem Pan e respeito a decisão deles”.
Tribuna Diária: Falando em
cancelamento, recentemente o deputado Artur do Val, através de áudios vazados
foi envolvido em uma grande polemica, sobre mulheres ucranianas e o fato de
“serem fáceis por ser pobre”. O que você achou desta declaração e porque ela é
totalmente diferente do que aconteceu contigo?
Bernardi: “Foi
uma infelicidade. Ele revelou na verdade. Todos esses morrem pela boca, Arthur
do Val, assim como PT lá no passado eram os arautos da conduta ilibada, todo
mundo está errado e só eles estão certos. Arthur do Val tinha o mesmo discurso
do PT da década de 80, falando mal dos corruptos, todo mundo era corrupto, só
eles eram os melhores, até que um dia em que tudo o que está oculto ganha uma
luz. A diferença do que aconteceu comigo está justamente aí, minha fala vem de
um debate público, não mandei áudio para algum amigo, que não era tão amigo
assim e jogou na rede. O Arthur do Val, o Mamãe Falei, está preparado para
pendurar as chuteiras e nunca mais voltar a vida publica que seria um grande
serviço para o Brasil”.
Tribuna Diária:
Recentemente tivemos a ótima notícia do lançamento da BernardiTV, nos conte um
pouco sobre este novo projeto.
Bernardi: “Eu
tenho dois canais de Youtube. Um é o BernardiTV onde eu uso mais para pregar a
palavra, onde faço reflexões no domingo. O outro canal chamado BrasilReal, onde
faço pequenos comentários políticos, todos os dias, de 2, 3 ou 4 minutos para
que seja fácil as pessoas ouvirem e reproduzir, são assuntos co-relatos ao dia a dia, é o
BrasilReal, porque quero mostrar ali o Brasil verdadeiro, o que esta se
passando, porque o que se está colocando na mídia tradicional não é a verdade,
e eu quero mostrar a verdade que é o Brasil Real, assim como o Instagram com o
perfil @bernaritv e Twitter também com mesmo perfil. Me acompanhem em todas
essas redes”.
FIM
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