A política brasileira, nos últimos anos, tem sido marcada por intensos debates e pela participação cada vez mais "ativista" do STF. Um dos episódios mais recentes que tem gerado controvérsias é a tentativa de incriminar e prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa ação, aparentemente justificada em nome da justiça, levanta questões sobre a real intenção por trás dela: a eliminação de um símbolo da Direita e a intimidação daqueles que compartilham essa fidelidade ideológica.

Como ex-presidente, Jair Bolsonaro não possui mais foro privilegiado, o que significa que não deveria ser investigado ou julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Isso é uma norma legal clara e objetiva. No entanto, a situação se torna ainda mais complexa quando observamos que o ministro Alexandre de Moraes possa relatar esses casos. Muitos alegam que, por motivos óbvios, ele deveria ser declarado suspeito, de acordo com conceitos jurídicos estabelecidos.

Uma análise justa e imparcial da situação nos leva a questionar a seletividade na aplicação da justiça no Brasil. Aqueles que hoje aplaudem a perseguição política contra Bolsonaro, sem o devido processo legal, costumavam criticar veementemente as condenações judiciais fundamentadas, com o Direito ao Contraditório e à Ampla Defesa, contra o "condenado" e hoje "Presidente da República" Luiz Inácio Lula da Silva. Independentemente das opiniões políticas pessoais, é crucial observar que, no caso de Lula, havia provas substanciais de graves denúncias de corrupção.

A verdadeira questão que se coloca aqui é se há algum valor moral ou democrático em aplaudir a distorção da lei e das regras basilares do Direito em nome da perseguição política. Aqueles que defendem essa abordagem podem estar alinhados aos ditadores soviéticos que não tinham apreço pela liberdade, pelo estado de direito e pela democracia. A democracia só prospera quando as instituições jurídicas operam de maneira justa e imparcial, independentemente das inclinações políticas.

A tentativa de incriminar e prender o ex-presidente Jair Bolsonaro é um episódio que reflete a polarização e a controvérsia na política brasileira. Enquanto a justiça deve ser cega e imparcial, a seletividade nas investigações e a politização dos casos judiciais prejudicam a confiança nas instituições democráticas.

É fundamental lembrar que a verdadeira democracia valoriza o respeito às leis e ao estado de direito, independentemente das opiniões políticas, e qualquer desvio desse princípio mina a base da democracia que todos devemos defender.

William Lago, advogado, palestrante, fundador do Movimento Conservador Brasil Nova Atitude, apresentador do Programa Tudo ou Night na Rádio ABC e colunista do Jornal Tribuna Diária.